quinta-feira, 20 de maio de 2010

POEMA

SILÊNCIO

Quando a ternura
parece já do ofício fatigada,

É o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
Quando os azuis irrompem
nos teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.


(Eugénio de Andrade -poema).

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