Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tem instintos gerais
E sente só o que sentes,
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
( Fernando Pessoa. )
Nenhum comentário:
Postar um comentário