![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHa2ansJ4zceM5dlITLkSX7viYy2ZJJdKfkAaz_S1CKF-YlJPFYoISRF8keNx4gwx7wn_xaLrxibVQcWHU1BGdf8__zEHXaJ4FIuyqLSqaUnTg3DYFaH-WwtgcQn7w5kRALwc5b9lWfbs/s400/toussaint_fernand1873-1955_still_life_with_roses_thumb.jpg)
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia como uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelho da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca incidente
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então sou porque tu és.
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás... Seremos...
(Pablo Neruda)
Nenhum comentário:
Postar um comentário