quarta-feira, 24 de agosto de 2011

VENS DE LONGE II...

Tu vens de longe; a pedra
Suavizou o seu tempo
Para entalhar-te o rosto
Ensimesmado e lento.

Teu rosto como um templo
Voltado para o oriente
Remoto como o nunca
Eterno como o sempre.

E que subitamente
Se aclara e movimenta
Como se a chuva e o vento

Cedessem o seu momento
Á pura claridade
Do sol do amor intenso.
(Vinicius de Morais)

Transcrito: pereirasousagf.

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