![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlk4urCarNyGZKxO7CCl-6NPUDMugRQJPVsaMgalk-ySsyC-CnE8oVrCk2Cb65pNsHDyXcPsYWxjwRjQHsFcanAIc-VBXdS2KSV6nlGR5sn6rmGRuAt0J4UM4v2xSjuptvHocOfcF4twQ/s400/hanks-waiting-in-the-rain_thumb.jpg)
não faz ruído com sossego.
Chove. O céu dorme
quando a alma é viúva.
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(nem parece nuvens) que parece.
Que não é chuva,mas um sussurrar
que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
como uma coisa que nos minta,
como um grande desejo que nos mente
Chove. Nada em mim sente...
Fernando Pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário